Segundo
Aristóteles, as ações humanas são motivadas pelo desejo, e essas ações podem
ser voluntárias, involuntárias ou ainda mistas. As ações involuntárias, acontecem
quando o agente ignora as consequências do ato praticado, ou mesmo, se sua
ação é acidental, ou ainda, quando o indivíduo é forçado a agir
mesmo contra sua vontade. Segundo Aristóteles para que uma ação seja voluntaria
é preciso que o princípio da ação esteja no agente e que ele conheça as
consequências da ação praticada. Os atos mistos, por sua vez, caracterizam-se
pela consciência de que o ato é ruim, porém, devido as circunstâncias, ele é
necessário para evitar algo ainda pior
Aristóteles
considera que a escolha está vinculada a bondade ou a maldade, o desejo pode
ser bom ou ruim, a racionalização do desejo seria direcionar o desejo, desejar
corretamente, o que envolve deliberar, refletir. A deliberação seria os meios
de ações para atingir coisas possíveis, dessa maneira, a virtude evidencia-se
através dos meios, o homem virtuoso, deseja, delibera, escolhe voluntariamente
as coisas boas, enquanto o homem vicioso usará de qualquer meio para chegar ao
seu objetivo.
As virtudes
são meios, disposições de caráter e tendem para prática dos atos virtuosos,
voluntários de acordo com uma regra justa. "Com efeito, o homem bom
aquilata toda classe de coisas com acerto, e em cada uma delas a verdade lhe
aparece com clareza; mas cada disposição de caráter tem suas ideias próprias
sobre o nobre e o agradável, e a maior diferença entre o homem bom e os outros
consiste, talvez, em perceber a verdade em cada classe de coisas, como quem é
delas a norma e a medida.” (Aristóteles, Ética a Nicômaco, Livro III, capítulo
4, 287b).
MUITO FORTE
ResponderExcluirMuito bom !
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