A essência da virtude

A virtude ou a felicidade se encontram no desenvolvimento de um caráter que se exercita com as ações justa e ponderadas. Para Aristóteles, não basta pensar corretamente e ter boas intenções. Uma vida só pode ser considerada virtuosa se ela tiver sido concretizada em ações virtuosas.
Essa prática deve ser desenvolvida em cada situação em particular, exercitando-se o uso em busca da melhor atitude, aquela que não caia em extremos como a ação encolerizada ou a passividade absoluta. A atitude virtuosa se encontra no meio-termo justo entre dois extremos que constituem vício.
A virtude implica vontade para construir com consciência, só pode ser considerada perfeita ou completa quando o indivíduo passa a satisfazer seus desejos a partir de razões.
Aristóteles divide as virtudes em dianoéticas (ou intelectuais) às quais se chega pelo ensinamento, e éticas (ou morais) às quais se chega pelo exercício, pelo hábito. As virtudes éticas, enquanto virtudes do saber prático, não se destinam ao conhecer, como as dianoéticas, mas a ação. Para a sua aquisição o conhecimento tem pouca ou nenhuma importância. Das virtudes dianoéticas, a de maior importância é a phrónesis (prudência), capacidade de deliberar sobre o que é bom ou mal, correto ou incorreto.
Ética para quem?

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