Aristóteles vê os homens como seres
racionais, precisamente, como seres políticos, mas também, como seres movidos
pelas paixões, igual aos animais, porém, diferente deles, temos nossa racionalidade
que nos guia, nos faz escolher nossos caminhos, sempre voltados para a virtude,
a excelência.
Assim, como o
homem é movido por desejos e paixões, a única forma de tornarmos esses desejos
em humanos é através de nossa razão. Aristóteles, entendia que cabia a razão
fazer o juízo correto de nossas emoções, vale destacar, que não era um
intelectualismo exagerado, que dominava nossa racionalidade, como pregava seus
mestres, Platão e Socrátes. Para ele, valia a máxima de ter equilíbrio de
nossas paixões, devendo sempre evitar os extremos.
Desse modo, para Aristóteles, mas do
que apenas desejar é preciso desejar bem, e é justamente nossa racionalidade, o
ato de pensar, que fará esse juízo de valor. Ele destaca também, que mais do
que procurar virtudes é preciso buscar exemplos de pessoas virtuosas, ao passo
que o homem mal, também é detentor de virtudes.
Buscando esse caminho de virtudes, que
para Aristóteles é diretamente relacionado com excelência o homem,
inevitavelmente, encontraria a felicidade, pois, a mesma, é intrínseca a todas
as virtudes. A felicidade é um fruto da razão, algo que não pode ser
transitório, mas permanente, um modo de vida, fundado na excelência do pensar,
que todo homem deve buscar.
Vale ressaltar, que Aristóteles
acreditava que era preciso encontrar uma vida plena, uma vida que valha por si
só, um momento que se realize em sua excelência, onde o pensar é o maestro
dessa sinfonia. A felicidade é inerente, e se plenifica em cada homem, que
realiza sua função última, qual seja, pensar com excelência, aliado claro, a
vida na polis, em sociedade.
O momento que vale por si mesmo.
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